sexta-feira, 6 de outubro de 2017

À (re)descoberta do Gerês profundo (2)

O feriado de 5 de Outubro - que há 4 anos também tinha sido passado nas terras mágicas do Gerês - foi desta vez dedicado à "conquista" de Porta Ruivas, como descrito no artigo anterior. De regresso à "base" de Salamonde, o dia seguinte seria bem mais suave... 😃
Ponte do Arado, 6.10.2017, 8h25
De novo por Fafião e pela Ermida, pouco depois das oito da manhã estávamos no início do estradão que dá acesso à Cascata do Arado. O plano era simples: subir até à Teixeira e ao Cambalhão e regressar pela Carvalha das Éguas. Uma caminhada soft, para relaxar da dureza da anterior ... e da do dia seguinte... 😊. A seca mostrava-se contudo na sua frieza rude: a Cascata do Arado ... é um fiozinho de água quase imperceptível. As "piscinas" do Arado, mais acima ... são pequenas poças. Chuva, regressa! A terra precisa da tua dádiva ... do teu baptismo.

A tímida Cascata do Arado ... esperando a chuva benfazeja
Há "deuses" no Gerês...
E de repente ... surge o Shangri-la do vale da Ribeira de Teixeira
Uma caminhada que ia ser curta, permitiu o desfrutar daquele oásis onde, apesar de tudo, ainda havia água e verde. Descansámos junto à cabana de Teixeira, depois de novo no curral do Camalhão (ou Cambalhão) ... e até houve banho para alguns nas águas da ribeira, felizmente correntes.

Cabana de Teixeira,
recentemente recuperada
O oásis do Vale de Teixeira, a caminho do Camalhão
Curral do Camalhão (ou Cambalhão)
Nossa Senhora do Camalhão, ou a Santa do Camalhão
As águas límpidas da Teixeira ainda chegam para um banho refrescante!
Na encosta oeste do vale, um enorme rebanho de cabras ia descendo aquela paisagem bucólica. "Estão ali umas 400 cabras", informou-nos o "Pinóquio", o pastor entretanto chegado ao Cambalhão. Quanto a nós, uma vez almoçados e refrescados, por volta da uma hora iniciámos o regresso, pelo trilho que sobe da Teixeira à Lomba do Vidoal e à Carvalha das Éguas.

O vale de Teixeira, na subida da encosta sudoeste
Lomba do Vidoal e respectiva cabana, abrigo de
passagem para pastores e antiga espera de lobos
Pelo velho trilho do Varejeiro descemos ao ponto de partida. E antes das quatro de uma tarde extraordinariamente quente estávamo-nos a despedir da Dorita, Manel e Heidi ... ou seja da "Gerês sem limites". Para os restantes dois dias ... íamos mudar de "base".

Descida do trilho do Varejeiro, desde a Carvalha das Éguas até à rotunda do Arado
Já de carro e a caminho de Vilar da Veiga e da Portela do Homem, passámos pela Pedra Bela ... mas rapidamente "fugi" de lá. Decididamente ... turismo massificado não é comigo...! A caminho de Lobios, o inferno dos incêndios era agora no Xurés galego, na Serra de Santa Eufémia. O "meu" velho "Lusitano", em Lobios, foi o local eleito para saciarmos a sede, e pelas seis da tarde reentrávamos em Portugal por Tourém ... base para os próximos dois dias nesta (re)descoberta do Gerês.

Panorâmica da Pedra Bela: Barragem da Caniçada,
Vilar da Veiga e, ao fundo, o Pé de Cabril
Ver o álbum completo
(Continua)     

Sem comentários: