domingo, 5 de junho de 2016

Entre montanhas, vales ... e afectos

"Não há nada mais gratificante do que o afecto correspondido, nada mais perfeito do que a reciprocidade de gostos e a troca de atenções"    (Marcus Tullius Cícero)
Com este mote, recebi do Mano Vítor, antes da partida para o meu Caminho das Estrelas, um convite para um fim de semana em terras do alto Zêzere, com base nas aldeias de Janeiro de Baixo, Janeiro de Cima e Orvalho. A ideia era percorrer parte do GR38, o chamado Trilho dos Apalaches ... mas a ideia era também, principalmente, celebrar o encontro com uma nova fase da Vida ... de uma Vida de certo modo renascida em Fisterra, lá nas terras do "fim do mundo" ... no memorável "Caminho da Aventura" de 2014. Por caminhos, montanhas e vales ... os afectos nascem e crescem...

Com a minha estrela e os Manos Messias e Cristina, na sexta feira instalámo-nos em Janeiro de Cima, na simpática "Casa da Pedra Rolada". E no sábado às oito e meia da manhã encontrávamo-nos com o Vítor, a Paula e o resto do grupo, na aldeia de Orvalho; no resto do grupo ... também estava a Mana Anabela.
Orvalho, 4 de Junho de 2016
O "trilho português dos Apalaches" consiste numa Grande Rota, com cerca de 37 km, situada integralmente na Serra do Muradal, concelho de Oleiros. O seu nome, "Grande Rota Muradal-Pangeia", refere-se à emblemática montanha quartzítica onde se desenvolve, mas também ao continente que, há 200 milhões de anos, reunia todos os continentes actuais. Iniciámos o percurso na aldeia de Estreito; um percurso sinuoso, como se esperava, mas com panorâmicas fabulosas.
Ao longo da crista quartzítica do Muradal (Foto superior: Cristina Ferreira)
Do geodésico do Zebro (878m alt.) descemos ao vale da Ribeira do Mosqueiro, com o almoço - e o banho, para os corajosos - junto às cascatas do Poço Mosqueiro.

Miradouro sobre a Ribeira do Mosqueiro
Descida ao vale, por entre uma floresta de fetos
Ribeira e cascata do Mosqueiro
Avessa a grandes desníveis, a minha "estrela arraiana" aceitou de bom grado a proposta de darmos por terminado o nosso percurso em Vilar Barroco, com 14 km percorridos; o resto do grupo ainda subiu aos cumes do Muradal, terminando a jornada em Orvalho. Mas a ideia subjacente a este fim de semana era, como escrevi no início ... celebrar o encontro com uma nova fase da Vida do meu "irmão" Vítor ... de uma vida a dois com a estrela que o passou a iluminar. A montanha ligou-os ... e daí esta celebração com os amigos da montanha ... entre montanhas, vales e afectos. E a celebração propriamente dita foi ao jantar, nas margens do Zêzere, no restaurante do Parque de Campismo da aldeia de Janeiro de Baixo.

O Zêzere nas margens do Parque de Campismo de Janeiro de Baixo, 4.06.2016, 20:30h
A manhã de domingo foi ainda dedicada a um troço circular da Georota de Orvalho, muito idêntico ao que havíamos feito com os Caminheiros Gaspar Correia em Maio de 2014 ... curiosamente pouco depois de os caminhos, montanhas e vales terem feito nascer e crescer os afectos agora aqui celebrados!...

Georota de Orvalho, 5 de Junho de 2016
E com um almoço no excelente Restaurante "Fiado", em Janeiro de Cima, selaram-se as despedidas ... e os votos de que, por caminhos, montanhas e vales, os afectos continuem a crescer!
Vítor e Paula ... façam o favor de ser felizes!
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