segunda-feira, 30 de maio de 2016

Nos Camiños da Fín da Terra...

Ocaso no Cabo Fisterra, 29.05.2016 ... culminar de uma "aventura" mágica de 32 dias, 921 km ... con unha estrela por guia...
De Santiago às terras do fim do mundo...
Quando, em Setembro do ano passado, de um sonho acordado nasceu o projecto de fazer o Caminho Francês, desde cedo defini Muxía e Fisterra como meta do meu Camiño Xacobeo. A minha "irmã" mais nova, assim que se juntou ao projecto, logo idealizou também acabar o Caminho lá ... nas terras "do fim do mundo". Também o António Banha assim o sonhara, mas as contingências impediram-no de concretizar este epílogo. Com pena, despedimo-nos dele e do Zé Manel na madrugada do meu 29º dia de Camiño.

Agora apenas a dois, continuamos a nossa "corrida" para o Ocidente, para os Camiños da fín da Terra (26.05.2016)
O epílogo às terras do "fim do mundo" pode ter como meta Fisterra ou Muxía. No meu sonho, Fisterra fez sempre mais sentido. Finisterre era o objetivo das primeiras peregrinações, há milénios; o "fim da Terra", quando ela ainda era plana. Ali o Homem confrontava-se com o Fim, com o seu fim, com a Morte, tão bem representados pelo pôr do Sol no imenso oceano sem horizonte. Ali, também o Homem encontrava o renascimento: Finisterre representava (representa) não só o fim de uma jornada, mas também o início de uma outra, o reinício, o recomeço. Os rituais não poderiam ser mais significativos: depois de ir até ao fim da Terra, o peregrino queima as suas roupas, mergulha numa reflexão que transcende o espaço e o tempo, vê o Sol pôr-se - ou morrer - no mar ... e então, renascido, retorna ao Mundo.

Monte Pindo, 27.05.2016 ... o Olimpo Celta
Ao 30º dia ... surge o mar! Sobre a praia de Merexo, 28.05
Muxía, contudo, não ficou esquecida; ao terceiro dos 4 dias do epílogo, eu e a Paula fomos de Dumbría ao Santuário da Virgem da Barca. Relata a lenda que Santiago Maior, durante a evangelização destas terras do "fim do mundo", estava em oração na costa quando viu chegar uma barca de pedra, com uma vela também de pedra. Na barca viajava Nossa Senhora, que vinha confortá-lo e dar-lhe forças. Daí o culto a Nossa Senhora da Barca e a construção do Santuário Mariano, no século XVIII. Mas também a lenda relacionada com a chegada dos restos mortais do Apóstolo fala de uma barca de pedra que terá subido pelo Rio Ulla, depois de aportar a estes ermos da fín da Terra.

Muxía, 28.05 - Frente ao mar imenso, o Santuário da Virgem da Barca e, à esquerda, o monolito "A Ferida", alusivo à tragédia do Prestige
Pedra dos Cadrís, na Ponta da Barca
O fiel que queira ser abençoado pela virgem deve passar por baixo da pedra, numa manobra que tem um claro simbolismo de renascimento e revivificação, como o bebé que nasce abríndo caminho pelos quadris da mãe.
Muxía, a Ponta da Barca, são lugares mágicos e místicos. Para muitos, é esta a meta final do Camiño; o filme "The Way" transmite aliás essa versão. Mas aos dois manos que viveram o epílogo de uma "missão" fabulosa ... faltava a jornada final, Muxía - Fisterra. Faltava viver o espectáculo grandioso do pôr do Sol no mar ... libertar-nos de objectos terrenos que nos ligavam ao "antes" ... para renascer e viver o "depois"!

Pelo Monte de S. Guilherme, chegamos a Finisterre ... Km 0 ... o fim do Camiño (29.05.2016)
Coroando um Camiño em que fomos abençoados pelo clima, as mais de duas horas que vivemos no fín da Terra foram esplendorosas. Lá, onde a terra acaba e o mar começa ... lá, onde nos despojámos de bens terrenos nas chamas ... lá, onde se terá situado Ara Solis ... lá, nas terras do fim do Mundo ... onde adorámos o Sol, o Universo, a Natureza, a Criação. E lá, nas rochas da fín da Terra ... "vive" agora uma pequena rocha, uma pequena pedra, um fragmento vindo das rochas de uma outra terra, de um outro mar que é no entanto o mesmo: a terceira das três pedras vindas do "santuário" do Penedo do Guincho, lá na longínqua Santa Cruz ... "dorme" agora nas falésias escarpadas de Fisterra ... assistindo talvez a uma viagem eterna, à passagem de umas cinzas que são pó, à passagem voraz do tempo, das vidas, das vivências. E as tuas botas, Paulita, ali vão ficar para a eternidade ... talvez "pensando" noutras botas, de um teu Mano ... que dormem noutras terras ... noutros ares...

Contemplando o
Sol poente...
E o Sol é fogo, é Vida ... é sublimação...
Depois de palmilhar 921 km - no meu caso - ou 630 km - no da Paula - sempre com o nosso "mundo" às costas, fisicamente só nós dois vivemos as horas e momentos sublimes daquele dia 29 de Maio. Mas também ali estiveram sem dúvida, em espírito, coração e pensamento, os nossos entes mais queridos, mais chegados, a começar pelo Zé Manel Messias, pelo António Banha e pela Helena Lopes, que partilharam connosco, total ou parcialmente, a grande aventura do Caminho das Estrelas. Também ali estiveram, seguramente, os meus Manos Cristina Ferreira, António Araújo e Vítor Lima Vieira, com quem num dia 14 de Julho de 2014 ali cheguei, depois de um "Caminho da Aventura", iniciado também com a Mana Anabela Rey Esteves. Também ali estiveram, seguramente, os meus filhos, o meu pai, o meu irmão, todos os meus amigos que também são irmãos. E também ali esteve comigo, seguramente ... a estrela que ilumina a minha vida, a minha "pequena arraiana" ... que no dia seguinte me esperava de volta, ao fim de uma longa e dura ausência. A todos ... Namastê!

Dois Manos regressam de um outro mundo...

... e eu vinha ao encontro do amor que me agardava...
A
A cabaça e a vieira de Santiago acompanharam-me sempre; todos os dias as tinha penduradas à minha cabeceira. De regresso ao ninho ... ali estão penduradas dos livros ... até ao próximo Camiño...
Os números e os dados desta aventura de uma Vida...
32 dias consecutivos no Caminho
921 km palmilhados, de Saint Jean Pied de Port ao Cabo Fisterra
Quase 13 mil metros de desnível acumulado...

As etapas deste Caminho das Estrelas:
01 - 2016.04.28 - SJPP - Roncesvalles (24,6 km)
02 - 2016.04.29 - Roncesvalles - Villava (38,5 km)
03 - 2016.04.30 - Villava - Puente de la Reina (29,1 km)
04 - 2016.05.01 - Puente de la Reina - Ayegui (24,6 km)
05 - 2016.05.02 - Ayegui - Torres del Río (28,0 km)
06 - 2016.05.03 - Torres del Río - Logroño (20,4 km)
07 - 2016.05.04 - Logroño - Nájera (29,8 km)
08 - 2016.05.05 - Nájera - Viloria de Rioja (35,9)
09 - 2016.05.06 - Viloria de Rioja - Agés (36,6 km)
10 - 2016.05.07 - Agés - Burgos (23,3 km)
11 - 2016.05.08 - Burgos - Tardajos (10,5 km)
12 - 2016.05.09 - Tardajos - Castrojeriz (30,7 km)
13 - 2016.05.10 - Castrojeriz - Villarmentero de Campos (34,2 km)
14 - 2016.05.11 - Villarmentero - Calzadilla de la Cueza (27,2 km)
15 - 2016.05.12 - Calzadilla - Calzada del Coto (28,1 km)
16 - 2016.05.13 - Calzada - Mansilla de las Mulas (32,7 km)
17 - 2016.05.14 - Mansilla de las Mulas - León (18,4 km)
18 - 2016.05.15 - León - Hospital de Órbigo (36,3 km)
19 - 2016.05.16 - Hospital - Rabanal del Camino (37,5 km)
20 - 2016.05.17 - Rabanal del Camino - Molinaseca (33,4 km)
21 - 2016.05.18 - Molinaseca - Villafranca del Bierzo (31,7)
22 - 2016.05.19 - Villafranca - Laguna de Castilla (27,9 km)
23 - 2016.05.20 - Laguna de Castilla - Triacastela (24,2 km)
24 - 2016.05.21 - Triacastela - Barbadelo (22,7 km)
25 - 2016.05.22 - Barbadelo - Ventas de Narón (31,7 km)
26 - 2016.05.23 - Ventas de Narón - Boente (32,7 km)
27 - 2016.05.24 - Boente - Pedrouzo (26,7 km)
28 - 2016.05.25 - Pedrouzo - Santiago de Compostela (21,5 km)
29 - 2016.05.26 - Santiago - Vilacerío (34,1 km)
30 - 2016.05.27 - Vilacerio - Dumbría (30,7 km)
31 - 2016.05.28 - Dumbría - Muxía (24,0 km)
32 - 2016.05.29 - Muxía - Cabo Fisterra (32,9 km)

Agora ... falta o vídeo!... Aparecerá a seu tempo. Insha'Allah...
(Escrito em 8 de Junho de 2016, depois do regresso ao "ninho")

E, mais de um mês depois ... cá está o vídeo. 1h:45m a reviver o que foi o caminho de uma Vida!


(Publicado em 18 de Julho de 2016)

quarta-feira, 25 de maio de 2016

De Saint Jean Pied de Port a Santiago (3)

Santiago de Compostela, 25.05.2016: às 10:45h entrávamos no Obradoiro, com chuva ... mas a chuva em Santiago é Arte!
DAS TERRAS DE PALENCIA A SANTIAGO ... no Caminho de uma Vida
"Calzadilla de la Cueza. Uma pequena terra "perdida" nas estepes cerealíferas das terras de Palencia" ... começava assim o post anterior nestas minhas memórias. Tinham passado 14 dias desde que havíamos saído de Saint Jean Pied de Port ... 14 dias sobre os quais pouco escrevi ... 14 dias aos quais se seguiram outros em que nada escrevi. O Caminho de Santiago não se descreve ... o Caminho de Santiago vive-se ... sente-se. O Caminho de Santiago faz parte de nós ... e nós fazemos parte do Caminho!

Alto del Perdón, entre Pamplona e Puente La Reina, 30.04.2016
Ao escrever estas linhas, já regressei ao ninho que "abandonei" por mais de um mês. Lá, no Caminho das Estrelas, não havia motivação para escritas. Havia, sim, motivação e sede de beber toda a magia que estávamos a viver, dia a dia, minuto a minuto, km a km. Pouco mais escreverei portanto; aliás, já sobre o "Caminho da Aventura" assim aconteceu.

Ermida de San Nicolás de Puente Fitero, próximo do Rio Pisuerga, 10.05.2016
Momentos altos do Caminho: no meio do nada, ao 13º dia, surge-nos a Ermida de San Nicolás de Puente Fitero, antigo hospital de peregrinos. A Confraternita di San Jacopo di Compostella restaurou-a nos anos 90 do século passado ... e ali surgiram espontaneamente os abraços entre nós, os então cinco elementos desta aventura espiritual; a Paula e a Lena haviam-se juntado em Burgos aos três que a tínhamos iniciado em terras de França. E da Ermida de San Nicolás trouxemos a segunda Credencial del Peregrino.
Cruz de Ferro, 17.05.2016
Outro ponto alto foi sem dúvida a Cruz de Ferro. No cume do Monte Irago, a 1530 metros de altitude, a Cruz de Ferro ergue-se no ponto mais alto do Caminho Francês. Três de nós chegámos ali ao amanhecer, envolvidos numa neblina mágica e mística, antes da grande quantidade de outros peregrinos.
A primitiva cruz datará do século XI, erigida sobre um conjunto de seixos que os viajantes já amontoavam desde época celta, nos locais estratégicos dos caminhos, e que logo se cristianizavam com cruzes. Seja-se o que se for do ponto de vista espiritual, locais como este impõem uma sensação de que pertencemos a forças superiores. Espontaneamente, como que conduzido por mãos alheias, ali erigi um pequeno "monolito", recordando o construído em 2014 com os Irmãos do "Caminho da Aventura" no alto de O Paraño, nos Montes de Testeiro.
Três dias depois estávamos a entrar na Galiza ... no Cebreiro. Indescritível...! O Cebreiro é um local mágico ... ou não contivesse a Igreja de Santa María La Real um cálice que a lenda relaciona com o Santo Graal.

Entre Villafranca del Berzo e o Cebreiro, por catedrais verdes... (19.05.2016)
Cume de O Cebreiro ... onde nos
entregamos ao mundo! (20.05.2016)
A Luz que ilumina a Vida
(Santa María La Real, Cebreiro, 20.05)
A
Aunque hubiera recorrido todos los caminos,
cruzado montañas y valles
desde Oriente hasta Occidente,
si no he descubierto la libertad de ser yo mismo
no he llegado a ningún sitio.

Aunque hubiera compartido todos mis bienes
con gentes de otra lengua y cultura,
hecho amistad con peregrinos de mil senderos
o compartido albergue con santos y príncipes,
si no soy capaz de perdonar mañana a mi vecino,
no he llegado a ningún sitio.

                             (Fray Dino, Monge Franciscano)
xx
Sem dúvida que dos pontos altos do Caminho também fazem parte as catedrais verdes que atravessávamos, mesmo quase às portas do Campo das Estrelas. À medida que nos aproximávamos de Santiago de Compostela, as energias pareciam redobrar em nós...

Caminhos do verde ... da luz ... da força anímica ... ou do que se lhe queira chamar...
Monte do Gozo, 25.05.2016 - E na manhã do 28º dia ... já vemos a Catedral de Santiago...!
Com quase 800 km percorridos desde Saint Jean, ou quase 600 desde Burgos no caso da minha Mana Paula ... às dez e meia da manhã do dia 25 de Maio entrávamos, de mãos dadas, na Praça do Obradoiro! E ... chovia em Santiago! Mas a chuva em Santiago é Arte! Até porque esse é (foi) outro ponto alto do nosso Caminho das Estrelas: inacreditavelmente para muitos com quem nos cruzávamos, tínhamos apanhado apenas umas poucas manhãs de chuva, nunca persistente! Santiago protegeu-nos, sem dúvida, ao longo da nossa "missão"!
Chove em Santiago ... na chegada ao Obradoiro
Pisar o Obradoiro depois de 28 dias consecutivos de Camiño ... é indescritível. Não pelos 28 dias em si, mas pelas emoções e sensações de um convívio 24 horas por dia ... pelas sensibilidades tantas vezes à flor da pele ... pelo que vimos, ouvimos e "lemos" ... pelas amizades feitas com outros que, como nós, tinham (têm) unha estrela por guia ... pelo que crescemos e aprendemos!
O abraço ao Apóstolo, a passagem pelo seu suposto túmulo ... e Santiago era agora nossa, para uma tarde em que de novo o Sol brilhou! Nas memórias estavam já os longínquos Pirenéus, as estepes de Palencia, os cumes nevados dos Picos de Europa, primeiro, dos Montes de León e de Sanabria, dos Ancares, do Cebreiro! Nas memórias estava a nossa saudosa Lena, que apenas teve a possibilidade de fazer a parte menos interessante do Caminho, entre Burgos e as planuras anteriores a León. Obrigado Lena, pela tua companhia nessa semana, pela tua amizade ... pelo que és! Nas memórias estavam também o Vinicius, a Letícia, o Alexandre, o Félix, os amigos húngaros ... e tantos outros que fomos conhecendo ... com quem fazíamos uma festa cada vez que nos reencontrávamos noutro albergue.
Mas, por opção ou contingência, para dois dos quatro que chegámos ao Obradoiro o Camiño terminava mesmo em Santiago. O Zé Manel e o António regressariam no dia seguinte ... não sem antes invocar as forzas do ar, terra, mar e lume, para conxurar todos os males da nosa alma. O tradicional pub Fucolois foi, mais uma vez, o "altar" eleito para a obrigatória Queimada galega.
O grupo, que começara a três, passara a cinco em Burgos e se reduziria a quatro uma semana depois ... ia agora portanto reduzir-se a dois. Só eu e a Paula tínhamos pela frente os quatro dias finais ... os dias dos Camiños da Fín da Terra. Ao meu 29º dia de "andadura" e 19º da minha Mana Paulita ... partiríamos bem cedo para as "terras do fim do mundo"!

(Escrito em 7 de Junho de 2016, já regressado ao "ninho")

quinta-feira, 12 de maio de 2016

De Saint Jean Pied de Port a Santiago (2)


DOS PIRENÉUS FRANCESES ÀS TERRAS DE PALENCIA
Calzadilla de la Cueza, 12 de Maio
Calzadilla de la Cueza. Uma pequena terra "perdida" nas estepes cerealíferas das terras de Palencia, à vista dos Montes nevados de León. Nunca tinha ouvido falar ... e no entanto aqui estou eu, a metade do Caminho entre Saint Jean Pied de Port e Santiago, com quase 400 km percorridos. Descrever o que têm sido estes 14 dias? Impossível! O Caminho vive-se e sente-se, partilha-se, não se descreve. Ou, se se descreve ... prefiro transcrever o amigo Jorge Carvalho, que, há 2 anos, percorreu precisamente este mesmo Caminho, o Caminho Francês ... o Caminho de uma Vida:
Ser peregrino
Ser peregrino é acreditar na realização dos sonhos ... encontrar os limites e superá-los... Dar um passo de cada vez... Rir quando alguém diz: é ali... Ser profundo conhecedor de bolhas... Valorizar o que se tem...
Virgem de Biakorri, Pirenéus franceses, 28.04
Ter o essencial e ser feliz com isso! Adorar os amigos! Principalmente se forem peregrinos... Amar as estrelas... Sair mesmo que chova torrencialmente... Ser capaz de compreender quando alguém diz: não posso... Dormir em qualquer lugar, e achar óptimo... Comer o que está na mesa sem reclamar... Ver a natureza com outros olhos.. Ter centenas de fotos, e não se cansar de olhar para elas. Encher os olhos de lágrimas quando ouve falar do Caminho. Viver cada dia com alegria e prazer. Ter a certeza que o pior sempre passa... Acreditar que depois de uma montanha...tem outra montanha... Ter uma grande capacidade de aprender ... improvisar ... e inventar... .... Lavar a cabeça com sabão... Adorar um Rioja, tortilhas e bocadillos. Ficar alguns dias sem se barbear, e não dar tilte... Mesmo morto de cansaço, sair para tomar vinho e conversar com amigos... Dormir mesmo sentindo cheiro de chulé .... E outros cheiros também... Dormir mesmo ouvindo roncos, graves e moderados... Querer compartilhar sempre... Ter a certeza que a vida é mais colorida... Ser "assim" como Santiago... Não saber porque fez o Caminho... Ter a certeza que vai fazer outra vez... Encontrar um peregrino no meio de centenas de pessoas... Ter saudades do Caminho todos os dias...
Votos de bom Caminho aos peregrinos do Caminho Francês... José Carlos Callixto, Paula Francisco, Helena Lopes, Jose Manuel Messias e António José Banha
Montes de Léon, vistos do Caminho entre Carrión de los Condes e Calzadilla de la Cueza, 11 de Maio
Mais fotos? Mais texto? Talvez. Um vídeo, depois, como habitualmente. Centenas de fotos. Mas, para já, vai haver mais Camiño, mais magia, mais Amor, mais partilha, mais saudade da família. A ela, à família que ficou em casa (a biológica e a que a vida também me deu) e aos Manos que me acompanham nesta "aventura" ... obrigado por existirem!