quarta-feira, 25 de setembro de 2013

De S. Pedro de Palmela a S. Lourenço de Azeitão

No primeiro dia de uma chuva benfazeja, com vários amigos e amigas das fragas das terras entre Tejo e Sado, lançámo-nos ao caminho de Palmela a Azeitão, numa primeira etapa dos trilhos místicos da tradição dos "círios" a Nossa Senhora do Cabo Espichel, ou Nossa Senhora da Arrábida.
Castelo de Palmela, 25.09.2013, 9:15h
No Castelo de Palmela avistámos o Sado, envolto na magia de um início de manhã em que o Sol e as nuvens a prometer chuva lutavam tenazmente. Lá estava a velha Igreja de Santiago, um Santiago Matamouros bem documentado na estatuária e baixos relevos ali depositados. Depois, já no Largo do Município encontrámos a Igreja de São Pedro, da qual verdadeiramente partimos para a jornada a que nos propusemos, ao longo dos moinhos da Serra do Louro.

O Sado
mágico...
Moinhos da Serra do Louro
A primeira parte desta caminhada coincidiu praticamente com o percurso da "marcha" entre Castelos, quando em Novembro do ano passado ligámos Palmela a Sesimbra. Enquanto que nessa longa jornada seguimos a cumeada da Serra de S. Francisco, agora virámos contudo para sul, já que a passagem entre os montes de São Simão e São Francisco se fazia em solo do Morgado de Alcube e era conhecida por Portela da Cruz, por ali ter sido erigido um cruzeiro por Vasco Queimado de Vilalobos, a que se chamou Cruz das Vendas.

Ao longo da encosta sul da Serra de S. Francisco
Pequena ponte sobre
Ribeira de Alcube
"Catedrais"...
E foi precisamente ao longo de autênticas "catedrais" que percorremos parte do curso da Ribeira de Alcube, até à Quinta do Alcube ... e aos saborosos néctares que ali se podem apreciar.

Quinta do Alcube
Capela de Alcube ... em auto-retrato...
Já numa tarde de chuva miudinha, pelo Moinho do Cuco e Casal dos Cortiços chegámos a Vila Nogueira de Azeitão, onde o largo central e a Igreja de S. Lourenço marcaram o términus desta jornada pedestre ... em dia de chuva benfazeja.

Campos regados pelas primeiras chuvas de outono...

E entramos em Vila Nogueira de Azeitão, com 19 km percorridos

sábado, 14 de setembro de 2013

Da Aldeia Galega da Merceana a Alenquer

Regressado da Serra da Estrela numa sexta feira 13 ... no sábado 14 tinha a habitual actividade mensal dos "meus" Caminheiros Gaspar Correia. Desta vez, a jornada foi pelas terras vinícolas de Alenquer, começando junto à bela igreja de Nossa Senhora da Piedade, na aldeia galega da Merceana.
14.09.2013, 9:50h - A caminhada começa na Merceana
Esta igreja já era um importante centro de peregrinação no século XV; a velha capela seria então substituída por uma grande igreja mandada edificar pela Rainha D. Leonor, nos começos do século XVI.
Sempre com a Serra de Montejunto como pano de fundo, a caminhada desenrolou-se ao longo de quintas e vinhedos desta região agrícola afinal quase às portas da grande Lisboa. As quintas da Chocapalha e de S. Cristovão mediaram o percurso até à pequena aldeia de Sobreiros.

Com a Serra de Montejunto em pano de fundo
Aldeia de Sobreiros
O almoço foi num aprazível local junto à Ribeira de S. Bartolomeu e à Quinta de D. Carlos, após o que prosseguimos rumo ao vale da Ribeira de Alenquer, sempre por belos vinhedos e campos.

Ruínas da Quinta de D. Carlos, junto à Ribeira de S. Bartolomeu
Vinhedos e belos
campos das terras de Alenquer
E às quatro da tarde entrávamos na vila de Alenquer, que nunca perde o seu aspecto de presépio ... e de presépio bem aprumadinho e que dá gosto apreciar. Depois de matar a sede, fomos recebidos na Câmara Municipal, onde no respectivo Salão Nobre nos foi dada a conhecer um pouco da história da vila.

Alenquer, a vila presépio e a sua Ribeira
Tratou-se sem dúvida de uma bela jornada, num sábado quente de Setembro.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Travessia da Serra da Estrela

4 dias de trekking: Vila Soeiro / Loriga - 62 km

Para além das fragas percorridas nas montanhas, bosques e vales essencialmente da nossa Ibéria ... também percorro frequentemente os trilhos virtuais da grande rede que a tecnologia do séc. XXI colocou à disposição de (quase) todos. Ao longo dos trilhos da net, há já algum tempo que me chamavam a atenção os "Trilhos de Ideias", projecto de turismo de Natureza de um jovem casal especializado e apaixonado pela Serra da Estrela. O "cartão de visita" seduziu-me logo à partida:
"Explorar vales glaciários e covões apenas acessíveis a pé (...) pernoitar sob as estrelas em travessias de montanha em autonomia (...) refrescar-se em lagoas e cascatas de águas cristalinas (...) percorrer arestas rochosas e corredores gelados para chegar aos cumes da nossa maior montanha."
E assim, naturalmente, surgiu a minha inscrição nos 4 dias intensos que acabei de viver na "mãe de todas as caminhadas", como a "Trilhos de Ideias" chama à travessia da Serra da Estrela. De nordeste para sudoeste, atravessámos todo o maciço montanhoso, desde Vila Soeiro até Loriga, ao longo de dois dos maiores vales glaciários da Serra, com passagem por típicas aldeias de montanha, pela Torre ... e culminando com a espectacular Garganta de Loriga!

Vila Soeiro, 9.09.2013, 13:15h - Começou a travessia
da Serra da Estrela, junto ao Mondego
Foi a primeira vez que participei numa "aventura" organizada por qualquer das várias empresas de turismo de Natureza que começam a proliferar também no nosso país. O que tinha lido e ouvido nunca me tinha seduzido para essa opção, fundamentalmente pela "massificação" dos grupos formados e pelo impessoal que se torna participar numa actividade com tanta gente desconhecida, com guias desconhecidos...! Excepto quando se anda sozinho, caminhar, desbravar os grandes espaços e as grandes panorâmicas, não é só andar, é ou deveria ser também partilhar as sensações, criar novas amizades, viver e aprender com a experiência de quem nos está a guiar e que transmite a sua paixão pelo que está a fazer e pela região a que se dedicou.
O vale do Mondego, entre Vila Soeiro e Trinta, 9.09.2013
Ora, foi tudo isto e muito mais que encontrei na "Trilhos de Ideias": actividades exclusivamente na Serra da Estrela, na qual se especializaram; um máximo de 4 a 5 participantes; exemplar orientação do grupo, com explicação do que de relevante existe em cada local; apoio logístico em termos de transporte de material, nomeadamente de acampamento na serra. Muito mais do que 2 empresários e 4 clientes ... fomos 6 amigos que viveram e conviveram ao longo de quatro dias de uma fabulosa travessia da Serra!
E a "aventura" começou assim à hora do almoço de 2ª feira, dia 9, entre as aldeias de Vila Soeiro e Trinta, ao longo do vale do Mondego. 9 km de uma subida gradual, acompanhando de perto os meandros do jovem rio e o que resta de velhas quintas e fábricas de lanifícios.

Quinta do Fojo, vale do Mondego
Subida para a aldeia de Trinta. Haverá melhor catedral?...
Depois de um opíparo jantar no "Ponto de Encontro" da simpática Dona Mena, ainda na aldeia de Trinta, a primeira dormida foi em Videmonte. A jovem co-fundadora da "Trilhos de Ideias" leva-nos as "trouxas" maiores e restante equipamento na carrinha da empresa, na qual se fazem igualmente os transfers necessários. E em Videmonte ficámos alojados na Casa Abrigo da Junta de Freguesia, uma muito agradável casa tradicional de pedra, nas traseiras da igreja. Como madrugador que sempre fui ... um pequeno passeio matinal permitiu-me assistir no dia seguinte ao magnífico nascer do Sol!

Videmonte, 10.09.2013, 7:00h - O Sol vai nascer...
Um curto transfer levou-nos de Videmonte à pequeníssima aldeia de Quinta da Taberna, "perdida" nas profundezas do vale do Mondego, Mondego que foi o rei e senhor das panorâmicas fabulosas de grande parte da segunda jornada pedestre. Acima já dos mil metros de altitude e em direcção sudoeste, subindo o rio, o olhar levava-nos para panorâmicas fabulosas. Do lado de lá do vale percebia-se a Portela de Folgosinho e as muitas linhas de água que alimentam o ainda jovem Mondego.

Quinta da Taberna, 10.09.2013, 9:10h - Começou a 2ª caminhada da travessia
Subida da encosta da Serra do Gato
Vale do Mondego e, ao fundo, a Portela de Folgosinho
O jovem Mondego
Cântaros e Torre à vista!
Sobre o Covão da Ponte e ao longo do chamado Corredor de Mouros, começámos a avistar ao fundo os Fragões das Penhas, primeiro, e depois os Cântaros e a Torre! Mas ainda faltavam dois dias para lá chegarmos... J!

O vale do Zêzere começa a avistar-se
Antes das quatro da tarde começávamos a descida para Manteigas. Em linha recta, os vales do Mondego e do Zêzere distam neste ponto uns escassos 4 km. E a descida para Manteigas, ao longo da Ribeira de Pandil, foi outro ponto alto do dia, pelas saborosas sombras, pelo melodioso cantar das águas ... e até pela saborosa conversa com um pastor que, ao ritmo da terra e do vento, apascentava numeroso rebanho de cabras.

Descida para Manteigas, ao longo da Ribeira de Pandil
Ainda há
pastores...
Cruzando a Ribeira das Forcadas e pela Fonte dos Namorados, pouco depois das cinco da tarde entrávamos em Manteigas, com o vale do Zêzere sempre espectacular.

Manteigas e o vale do Zêzere, quase no final da 2ª jornada
Até o painel da Fonte dos Namorados condiz com a simpatia do jovem casal de empresários da "Trilhos de Ideias": em cada separação (ele como guia pedestre, ela como responsável pela condução da carrinha de apoio), não deixava de haver o beijo da despedida ou do saudoso reencontro... J.
Bonito de se ver, nesta época e neste mundo tão conturbado e agressivo!

Fonte dos Namorados,
à entrada de Manteigas
Em Manteigas ... o jantar e alojamento foram "de luxo"... J! Fazendo parte da diversificação da actividade, ficámos instalados no Hotel "Berne", à beirinha mesmo do Zêzere. Tínhamos feito sensivelmente 22 km não propriamente "de passeio", merecíamos um bom descanso... J.

Manteigas, 11.09.2013, 9:30h - Vai começar a 3ª etapa da travessia...
A terceira "etapa" era aquela que pessoalmente conhecia melhor: a subida do vale glaciar do Zêzere, de Manteigas ao Covão da Ametade.
E lá vamos subir o vale glaciar
No primeiro dia de Setembro de 2012, tinha-o descido com elementos do Clube de Montanhismo da Guarda, no MegaTransect da Estrela. Já conhecia portanto todo o percurso, mas as perspectivas são sempre diferentes. Com quase 6 km de subida e de novo acima dos mil metros de altitude ... foi o local escolhido para o aprazível almoço. Não poderia haver melhor local ... mas as tentativas de mergulhar nas águas do Zêzere por parte de dois dos presentes é que não passaram dos pés ... que mesmo assim quase congelaram... J.

Junto às límpidas e gélidas águas do Zêzere ... que melhor sítio poderia haver para o almoço?...
Subida do vale glaciar
A subida do vale glaciar do Zêzere é espectacular, mesmo para quem já o conhecia. Sucedem-se velhas cabanas de montanha, algumas com telhados de colmo; notam-se os efeitos de antigos glaciares e das linhas de água que alimentam o vale, como a Ribeira da Candeeira ... que ainda um dia tenho de subir ou descer... J.

Base da Ribeira da Candeeira, 1140m alt.
Natureza em estado puro...
Aos 1350 metros de altitude, o trilho chega à estrada Manteigas - Torre, junto à Ribeira da Barroqueira. Dali ao Covão da Ametade é um salto, sempre com o Cântaro Magro a vigiar-nos. E como não há duas sem três, depois do refúgio de Videmonte e do hotel em Manteigas ... a terceira noite foi noite de campo, acampando no Covão da Ametade! Mais uma vez, tudo é a cargo da "Trilhos de Ideias", desde as tendas aos sacos cama. E que belo local para esta última noite, com fogo de campo (nos churrascos ali existentes para o efeito), um belo jantar de campo, que entre outras especialidades incluiu umas deliciosas moelas, chouriça assada e couscous ... tudo bem regado com néctares da Beira Interior... J.

No Covão da Ametade (1420m
alt.), preparando o acampamento ...
... e um
belo jantar!
Neste jantar participou também aliás um amigo de Vale de Espinho que, residindo na Covilhã, me resolveu fazer uma visita e ao grupo. A uma "Quinta dos Termos" que eu havia levado para o efeito ... juntaram-se mais umas que o amigo Carlos levou... J. A noite caiu, mas os frontais e a vontade de viver iluminavam a animação. Cantar, viver, conviver, ao calor de um fogo de campo ... e senti-me por momentos transportado para os meus 17 ou 18 anos, quando iniciei o meu percurso pelas "fragas e pragas" de uma vida ao ar livre...

Jantar à luz de frontais...
e os meus "aposentos" no Covão da Ametade
E como toda a história tem um fim, chegou o último dia da travessia da Serra. Último ... mas que dia! Tal como prometido no programa, a quarta e última "etapa" foi a "cereja em cima do bolo"! Do Covão da Ametade a Loriga, o percurso passava pelo Espinhaço de Cão e Torre, a que se seguia a descida da espectacular Garganta de Loriga! 20 km ... absolutamente fabulosos!

Covão da Ametade, 12.09.2013: a fabulosa equipa destes fabulosos 4 dias!
E aí vamos nós para a 4ª etapa...
Um íltimo adeus ao vale do Zêzere
Uma lesão num pé obrigou um dos membros a desistir do percurso no último dia; a equipa ficou assim reduzida a 4 elementos. Começámos por subir à Nave de Santo António, seguindo-se o espectacular trilho do Espinhaço de Cão, sobre o vale de Alforfa e a barragem do Covão do Ferro.

Subida da Nave de Santo António ao Espinhaço de Cão
Panorâmica do Espinhaço de Cão para o vale de Alforfa e a barragem do Covão do Ferro
Let's fly...J
Rumo à
Torre
Do espectacular trilho do Espinhaço de Cão passámos por momentos à estrada Nave - Torre, junto à Senhora da Boa Estrela, para logo a seguir rumarmos directamente à Torre.

A Senhora da Boa Estrela abençoou-nos esta fantástica caminhada...
Subida à Torre (1916m alt.), com o Cântaro Magro a destacar-se na paisagem
A simbólica Torre do topo da Serra
À medida que subíamos, atrás de nós estendia-se a soberba panorâmica que se abre para leste. Lá ao fundo ... lá estavam as "minhas" Serras da Malcata e das Mesas, o "meu" Xalmas, as colinas da Gata e da Penha de França e até, já um pouco perdidas na neblina, as alturas de Béjar.
Com os seus 1993 metros de altitude (ou os 2000 completados pela torre), a Torre da Serra da Estrela limita-se ao simbolismo de ser o ponto mais alto de Portugal Continental. É lamentável o estado de degradação de alguns locais e até de placas sinalizadoras ... nomeadamente do "Centro Comercial" ali construído.
Após a merenda e o café (pago a preço francês ou alemão, num "restaurante" cujos sanitários não tinham papel higiénico nem sabonete...), esperava-nos a descida aos Poços e à Garganta de Loriga. Pessoalmente, já conhecia a panorâmica da Penha dos Abutres sobre Loriga e a que se tem da zona das Salgadeiras para aquela famosa garganta. Mas ... não fazia ideia da imponência e da fantástica "aventura" que é descer (e que também há-de ser subir) a Garganta de Loriga! Trata-se de mais um dos vales glaciários da Serra, acompanhando a Ribeira da Nave, mais popularmente chamada Ribeira das "Courelas".

A caminho dos Poços e da Garganta de Loriga
Lagoa do Covão do Quelhas
Orvalhinha (Drosera rotundifolia)
A Garganta de Loriga é sem dúvida uma das mais fantásticas experiências de montanha na Serra da Estrela! São mais de 1100 metros de desnível, por trilhos ainda hoje percorridos por pastores e seus rebanhos, para chegar aos pastos de altitude, como aliás testemunhámos.
Durante a última glaciação, a paisagem terá sido completamente diferente, com uma massa imensa de neves perpétuas que vagarosamente ia fluindo e moldando o actual perfil desta espectacular garganta.
Fotografando as quita-merendas
(Merendera montana)
Vai começar o "mergulho" sobre Loriga...
Sobre o Covão do Meio e respectiva barragem
Meandros da Ribeira da Nave
E continuamos a "aventura"...
No Covão da Nave, fomos testemunhas de quão cedo começa a vida dura nesta serra e nestas gargantas agrestes: apascentando as suas ovelhas, um muito jovem pastor estava atento ao seu trabalho e até ao local por onde iríamos passar. Ele e o pai, que um pouco mais tarde desceu das alturas com as cabras ... pareciam voar nos paredões rochosos que nos ladeavam. Ainda há pastores na Serra!

Descida para o Covão da Nave (1560m alt.)
Ainda há pastores!
(Covão da Nave)
E descem as cabras da vertente norte da Garganta de Loriga
Pouco depois das cinco da tarde estávamos já abaixo dos 1500 metros de altitude, no Covão da Areia, onde uma saborosa nascente nos saciou a sede. Mas o êxtase continuaria serra abaixo...

Sobre o Covão da Areia
Uma pausa na jornada ... que nem todo o caminho é fácil...!
Com os raios do Sol poente a começarem a projectar-se diante de nós e a Lua a nascer sobre os paredões rochosos, Loriga começou a aparecer no fundo daquela vertiginosa garganta.
O Sol poente ilumina Loriga e as serras ...
... enquanto a Lua nasce sobre os paredões rochosos da Garganta
De onde viemos...!
Vestígios das antigas moreias glaciares
E às sete e meia da tarde, quase com o Sol a esconder-se por trás das serras ... chegámos a Loriga e à Casa "O Vicente". Com 20 km percorridos desde o Covão da Ametade, aquelas mesas e cadeiras souberam a ouro! Mas os olhos e a alma vinham cheios de uma experiência de montanha inolvidável!

Loriga ao Sol poente!
"O Vicente", em Loriga ... onde acabou esta espectacular
travessia da Serra da Estrela
Mas a "aventura" tinha acabado? Não! N' "O Vicente", fechámos o dia com um jantar típico loriguense, as tradicionais calhorras, um prato de carnes e enchidos à base de feijão branco grande (a feijoca), cultivado nos campos daquela vila serrana. Curiosamente, junto à Escola Secundária de Sacavém, onde tantos e tantos anos dei aulas, ainda hoje se situa a Associação dos Naturais e Amigos de Loriga.

Os 6 intervenientes nesta "aventura" ... à volta
de uma mesa de "calhorras"!
Aconchegados os estômagos com as deliciosas iguarias que também muito simpaticamente nos serviram ... havia que regressar às bases. Mais uma vez, o jovem casal da "Trilhos de Ideias" faz o transfer para os locais de encontro iniciais, que no meu caso era a Guarda, para onde havia ido de autocarro 4 dias antes. Mas destes 4 dias fica realmente muito mais do que a recordação de dois empresários e três outros clientes. Destes 4 dias fica a recordação de um grupo de seis amigos, que viveram e conviveram ao longo de uma fabulosa travessia de montanha!
Travessia da Serra da Estrela
(álbum completo)
                                                                                                                            Desejo à "Trilhos de Ideias" o maior sucesso e as maiores venturas, continuando a transmitir a sua paixão pela Serra e pelo modo como a dão a conhecer e a viver. Obrigado Maria João e Rui, a experiência que vivi com vocês foi sensacional! Obrigado também Joana, João e Eduardo, uma equipa só é equipa quando os seus membros reflectem os sentimentos de partilha, da construção de amizades ... do sabor da vida! A todos ... até à próxima!
(Começado a escrever no autocarro Guarda - Lisboa, 13.09, publicado a 16.09.2013)